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terça-feira, 5 de junho de 2012

Reino Unido

Reino Unido

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
    
United Kingdom of
Great Britain and Northern Ireland
Reino Unido da
Grã-Bretanha e Irlanda do Norte
Bandeira do Reino Unido
Real brasão de armas do Reino Unido
BandeiraBrasão de armas
Lema: Dieu et mon droit (francês) [2]
"Deus e meu direito"
Hino nacional: God Save the Queen (inglês) [3]
"Deus Salve a Rainha"
Gentílico: britânico(a)

Localização do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte

Localização do Reino Unido (em vermelho)
No continente europeu (em cinza)
Na União Europeia (em branco) Location of the BOTs.svg
Territórios britânicos ultramarinos
CapitalLondres
51°30'N 00°07'W
Cidade mais populosaLondres
Língua oficialinglês (de facto)[4]
GovernoSistema parlamentarista e Monarquia constitucional
- MonarcaIsabel II
- Primeiro-ministroDavid Cameron
Formação
- Tratado de União1 de maio de 1707
- Ato de União de 18001 de janeiro de 1801
- Tratado Anglo-Irlandês12 de abril de 1922
Entrada na UE1 de janeiro de 1973
Área
- Total244.820 km² (79.º)
- Água (%)1,34
População
- Estimativa de 200760.975.000[1] hab. (22.º)
- Censo 200158.789.194[2] hab.
- Densidade246 hab./km² (48.º)
PIB (base PPC)Estimativa de 2011
- TotalUS$ 2,172 trilhões*[3] (7.º)
- Per capitaUS$ 34.919 (21.º)
PIB (nominal)Estimativa de 2011
- TotalUS$ 2,247 trilhões* USD[3] (6.º)
- Per capitaUS$ 36.119 USD[3] (22.º)
Indicadores sociais
- Gini (2008/2009)41[4]
- IDH (2011)0,863 (28.º) – muito elevado[5]
- Esper. de vida79,4 anos (22.º)
- Mort. infantil4,8/mil nasc. (22.º)
- Alfabetização99,0% (19.º)
MoedaLibra esterlina (£) [5] (GBP)
 

Reino Unido (em inglês: United Kingdom - UK), oficialmente Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte (em inglês: United Kingdom of Great Britain and Northern Ireland), é um país insular soberano localizado na costa noroeste da Europa continental. O Reino Unido inclui a ilha da Grã-Bretanha, a parte nordeste da ilha da Irlanda, além de muitas outras ilhas menores. A Irlanda do Norte é a única parte do Reino Unido com uma fronteira terrestre, sendo a mesma com a República da Irlanda.[8] Fora essa fronteira terrestre, o Reino Unido é cercado pelo Oceano Atlântico, o Mar do Norte, o Canal da Mancha e o Mar da Irlanda. A maior ilha, a Grã-Bretanha, é conectada com a França pelo Eurotúnel.
O Reino Unido é uma união política[9 de quatro nações constituintes: Escócia, Inglaterra, Irlanda do Norte e País de Gales. A nação é governada por um sistema parlamentar com a sede do governo em Londres, a capital, e é uma monarquia constitucional com a rainha Isabel II sendo a chefe de Estado. As dependências da Coroa das Ilhas do Canal (ou Ilhas Anglo-Normandas) e a Ilha de Man, formalmente possessões da Coroa, não fazem parte do Reino Unido, mas formam uma confederação com ele.[11] O Reino Unido tem quatorze territórios ultramarinos,odos remanescentes do Império Britânico, que no seu ápice, possuía quase um quarto da superfície terrestre mundial, fazendo desse o maior império da história. Como resultado do império, a influência britânica pode ser vista na língua, cultura e sistemas judiciários de muitas de suas ex-colônias como o Canadá, Austrália, Índia e os Estados Unidos. A rainha Elizabeth II permanece como a chefe da Comunidade das Nações (Commonwealth) e chefe de Estado de cada uma das monarquias na Commonwealth.
O Reino Unido é um país desenvolvido, com a sexta (PIB nominal) ou sétima (PPC) maior economia do mundo. Ele foi o primeiro país industrializado do mundo[13] e a principal potência mundial durante o século XIX e o começo do século XX,[14] mas o custo econômico de duas guerras mundiais e o declínio de seu império na segunda metade do século XX reduziu o seu papel de líder nos assuntos globais. O Reino Unido, no entanto, permaneceu sendo uma potência importante com forte influência econômica, cultural, militar e política, sendo uma potência nuclear, com o terceiro ou quarto (dependendo do método de cálculo) maior gasto em defesa do mundo. É um Estado membro da União Europeia, tem um assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas, e é membro do G8, OTAN, OMC e da Comunidade das Nações.

 

                
  

História

 Antes de 1707

Stonehenge em Wiltshire, construído c. 2500 a.C.
Os primeiros assentamentos de seres humanos anatomicamente modernos no que viria a tornar-se o Reino Unido se formaram em ondas imigratórias que começaram há cerca de 30 mil anos.[15] No final do período pré-histórico da região, acredita-se que a população do local tenha pertencido, principalmente, a uma cultura denominada de Celtas Insulares, compreendendo a Bretanha-Bretônica e Irlanda gaélica.[16] A conquista romana, que começou em 43 d.C., e a sua ocupação do sul da Grã-Bretanha por 400 anos foi seguida por uma invasão por colonos germânicos anglo-saxões, reduzindo a área bretônica principalmente ao que mais tarde se tornou o País de Gales.[17] A região ocupada pelos anglo-saxões se tornou unificada como o Reino da Inglaterra no século X.[18] Entretanto, os falantes do gaélico no noroeste da Grã-Bretanha (com ligações ao nordeste da Irlanda e que, tradicionalmente, migraram de lá no século V[19][20]), uniram-se com os pictos para criar o Reino da Escócia no século IX.[21]
A tapeçaria de Bayeux retrata a Batalha de Hastings e os eventos que conduzem a ela.
Em 1066, os normandos invadiram e conquistaram a Inglaterra, além de grande parte do País de Gales, da Irlanda e da Escócia, e iniciaram o feudalismo em cada país sobre o modelo do norte da França e da cultura normando-francesa.[22] As elites normandas influenciaram fortemente a região, mas finalmente assimilaram cada uma das culturas locais.[23] Reis medievais ingleses posteriores completaram a conquista de Gales e fizeram uma tentativa frustrada de anexar a Escócia. Posteriormente, a Escócia manteve a sua independência, embora em constante conflito com a Inglaterra. Os monarcas ingleses, por meio da herança de territórios substanciais na França e reivindicações para a coroa francesa, também foram fortemente envolvidos em conflitos na França, mais notavelmente a Guerra dos Cem Anos.[24]
No início da Idade Moderna foi palco de conflitos religiosos resultantes da Reforma Protestante e da introdução de igrejas estatais protestantes em cada país.[25] Gales foi totalmente incorporado ao Reino da Inglaterra[26] e a Irlanda se constituiu como um reino em união pessoal com a coroa inglesa.[27] No território que se tornaria a Irlanda do Norte, as terras da nobreza gaélica católica independente foram confiscadas e dadas aos colonos protestantes da Inglaterra e da Escócia.[28] Em 1603, os reinos de Inglaterra, Escócia e Irlanda, foram unidos em uma união pessoal quando Jaime VI, rei da Escócia, herdou a coroa da Inglaterra e da Irlanda e se mudou a sua corte de Edimburgo para Londres; cada país, no entanto, manteve-se como uma entidade política separada e manteve as suas instituições políticas distintas.[29][30] Em meados do século XVII, todos os três reinos estavam envolvidos em uma série de guerras interligadas (incluindo a Guerra Civil Inglesa), que levou a uma temporária queda da monarquia e o estabelecimento de uma república unitária de curta duração chamada Comunidade da Inglaterra, Escócia e Irlanda.[31][32] Apesar de a monarquia ter sido restaurada, garantiu-se (com a chamada Revolução Gloriosa de 1688) que, ao contrário de grande parte do resto da Europa, o absolutismo real não iria prevalecer. A constituição britânica iria desenvolver-se com base na monarquia constitucional e no parlamentarismo.[33] Durante este período, particularmente na Inglaterra, o desenvolvimento do poder naval (e o interesse na descobertas ao redor do mundo) levou à aquisição e ao estabelecimento das colônias ultramarinas, particularmente na América do Norte.[34][35]

[editar] Desde a criação do Reino Unido

O Tratado de União levou a um único reino que abrange toda a Grã-Bretanha.
Em 1 de Maio de 1707 foi criado o Reino Unido da Grã-Bretanha,[36] normalmente referido depois por Reino da Grã-Bretanha, criado pela união política do Reino da Inglaterra (que incluía o uma vez independente Principado de Gales) e o Reino da Escócia. Isso foi o resultado do Tratado de União assinado em 22 de Julho de 1706,[37] e depois ratificado pelos parlamentares de Inglaterra e Escócia passando a um Ato de União em 1707. Quase um século depois, o Reino da Irlanda, que estava sob controle inglês entre 1541 e 1691, uniu-se ao Reino da Grã-Bretanha no Ato de União de 1800.[38] Embora Inglaterra e Escócia tivessem sido países separados antes de 1707, eles tinham uma união pessoal desde 1603, quando Jaime VI, Rei dos Escoceses, herdou o trono do Reino da Inglaterra, tornando-se Rei Jaime I da Inglaterra, e trocou Edimburgo por Londres.[39]
No seu primeiro século, o Reino Unido participou ativamente no desenvolvimento das ideias ocidentais sobre o sistema parlamentar assim como produziu significantes contribuições à literatura, às artes e à ciência.[40] A Revolução Industrial transformou o país e impulsionou o Império Britânico. Durante esse tempo, assim como outras grandes potências, o Reino Unido esteve envolvido com a exploração colonial, incluindo o comércio de escravos no Atlântico, embora o Ato contra o Comércio de Escravos de 1807 fez o Reino Unido ser o primeiro país a proibir o tráfico de escravos.
Depois da derrota de Napoleão nas Guerras Napoleônicas, o Reino Unido tornou-se a principal potência naval do século XIX. O Reino Unido permaneceu como um poder eminente até a metade do século XX, e seu império atingiu o seu limite máximo em 1921, ganhando da Liga das Nações o domínio sobre as ex-colônias alemãs e otomanas depois da Primeira Guerra Mundial.
Uma longa tensão na Irlanda levou à partição da ilha em 1920, prosseguindo à independência para um Estado Livre Irlandês em 1922. Seis dos nove condados da província de Ulster permaneceram no Reino Unido, que então mudou formalmente o seu nome, em 1927, para o Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte.[41]
Depois da Primeira Guerra Mundial, foi criada a primeira grande rede mundial de televisão e rádio, a BBC. A Grã-Bretanha foi uma das maiores potências das Forças Aliadas na Segunda Guerra Mundial, e o líder durante a guerra Winston Churchill e seu sucessor Clement Attlee ajudaram a planejar o mundo pós-guerra como parte dos "Três Grandes". A Segunda Guerra Mundial deixou o Reino Unido financeiramente abalado. O crédito disponibilizado por Estados Unidos e Canadá durante e depois da guerra era economicamente oneroso ao país, mas depois ao longo do Plano Marshall, o Reino Unido começou a se recuperar.
Mapa dos territórios que em algum momento fizeram parte do Império Britânico. Os territórios britânicos ultramarinos (excluindo o Território Antárctico Britânico) estão sublinhados a vermelho. Em 1920 ele tornou-se o maior império da história.
Os primeiros anos do pós-guerra observaram o estabelecimento do Estado de bem-estar social britânico, incluindo um dos primeiros e mais completos serviços públicos de saúde do mundo, enquanto a demanda de uma economia em recuperação trouxe imigrantes de toda a Commonwealth para criar uma Grã-Bretanha multiétnica. Embora os novos limites do papel político da Grã-Bretanha foram confirmados na Crise do Suez de 1956, a disseminação internacional da língua inglesa confirmou o impacto de sua literatura e cultura pelo mundo, ao mesmo tempo, a partir da década de 1960 a cultura popular britânica também obteve influência no exterior. Após um período de recessão económica global e competição industrial na década de 1970, a década seguinte foi palco de lucros substanciais provindos do petróleo do Mar do Norte e forte crescimento económico. A passagem de Margaret Thatcher como primeira-ministra marcou uma mudança significativa na direcção político-económica tomada no pós-guerra; um caminho que foi seguido pelo governo dos Trabalhistas de Tony Blair em 1997.
O Reino Unido foi um dos doze membros fundadores da União Europeia (UE) no seu lançamento em 1992 com a assinatura do Tratado de Maastricht. Antes disso, tinha sido membro da precursora da UE, a Comunidade Económica Europeia (CEE), a partir de 1973. A atitude do presente governo trabalhista no sentido de uma maior integração com essa organização é confusa,[42] com a oposição oficial, o Partido Conservador, favorecendo o retorno de alguns poderes e competências para o Estado.[43]
O final do século XX viu uma mudança importante para o governo do Reino Unido com a criação de um Parlamento Escocês devolvido e da Assembleia Nacional do País de Gales seguindo da aprovação popular num referendo pré-legislativo. Isso produziu uma perspectiva de um caminho legal para a independência da Escócia, quando o Partido Nacional Escocês venceu as eleições de 2007 e formou um governo minoritário na Escócia, com um mandato para realizar um referendo em 2011 para saber se ele deve negociar a independência escocesa.


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