Reino Unido
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United Kingdom of Great Britain and Northern IrelandReino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte | |
Lema: Dieu et mon droit (francês) [2] "Deus e meu direito" | |
Hino nacional: God Save the Queen (inglês) [3] "Deus Salve a Rainha" | |
Gentílico: britânico(a) | |
Localização do Reino Unido (em vermelho) No continente europeu (em cinza) Na União Europeia (em branco) Territórios britânicos ultramarinos | |
Capital | Londres 51°30'N 00°07'W |
Cidade mais populosa | Londres |
Língua oficial | inglês (de facto)[4] |
Governo | Sistema parlamentarista e Monarquia constitucional |
- Monarca | Isabel II |
- Primeiro-ministro | David Cameron |
Formação | |
- Tratado de União | 1 de maio de 1707 |
- Ato de União de 1800 | 1 de janeiro de 1801 |
- Tratado Anglo-Irlandês | 12 de abril de 1922 |
Entrada na UE | 1 de janeiro de 1973 |
Área | |
- Total | 244.820 km² (79.º) |
- Água (%) | 1,34 |
População | |
- Estimativa de 2007 | 60.975.000[1] hab. (22.º) |
- Censo 2001 | 58.789.194[2] hab. |
- Densidade | 246 hab./km² (48.º) |
PIB (base PPC) | Estimativa de 2011 |
- Total | US$ 2,172 trilhões*[3] (7.º) |
- Per capita | US$ 34.919 (21.º) |
PIB (nominal) | Estimativa de 2011 |
- Total | US$ 2,247 trilhões* USD[3] (6.º) |
- Per capita | US$ 36.119 USD[3] (22.º) |
Indicadores sociais | |
- Gini (2008/2009) | 41[4] |
- IDH (2011) | 0,863 (28.º) – muito elevado[5] |
- Esper. de vida | 79,4 anos (22.º) |
- Mort. infantil | 4,8/mil nasc. (22.º) |
- Alfabetização | 99,0% (19.º) |
Moeda | Libra esterlina (£) [5] (GBP ) |
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O Reino Unido é uma união política[9 de quatro nações constituintes: Escócia, Inglaterra, Irlanda do Norte e País de Gales. A nação é governada por um sistema parlamentar com a sede do governo em Londres, a capital, e é uma monarquia constitucional com a rainha Isabel II sendo a chefe de Estado. As dependências da Coroa das Ilhas do Canal (ou Ilhas Anglo-Normandas) e a Ilha de Man, formalmente possessões da Coroa, não fazem parte do Reino Unido, mas formam uma confederação com ele.[11] O Reino Unido tem quatorze territórios ultramarinos,odos remanescentes do Império Britânico, que no seu ápice, possuía quase um quarto da superfície terrestre mundial, fazendo desse o maior império da história. Como resultado do império, a influência britânica pode ser vista na língua, cultura e sistemas judiciários de muitas de suas ex-colônias como o Canadá, Austrália, Índia e os Estados Unidos. A rainha Elizabeth II permanece como a chefe da Comunidade das Nações (Commonwealth) e chefe de Estado de cada uma das monarquias na Commonwealth.
O Reino Unido é um país desenvolvido, com a sexta (PIB nominal) ou sétima (PPC) maior economia do mundo. Ele foi o primeiro país industrializado do mundo[13] e a principal potência mundial durante o século XIX e o começo do século XX,[14] mas o custo econômico de duas guerras mundiais e o declínio de seu império na segunda metade do século XX reduziu o seu papel de líder nos assuntos globais. O Reino Unido, no entanto, permaneceu sendo uma potência importante com forte influência econômica, cultural, militar e política, sendo uma potência nuclear, com o terceiro ou quarto (dependendo do método de cálculo) maior gasto em defesa do mundo. É um Estado membro da União Europeia, tem um assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas, e é membro do G8, OTAN, OMC e da Comunidade das Nações.
História
Antes de 1707
Em 1066, os normandos invadiram e conquistaram a Inglaterra, além de grande parte do País de Gales, da Irlanda e da Escócia, e iniciaram o feudalismo em cada país sobre o modelo do norte da França e da cultura normando-francesa.[22] As elites normandas influenciaram fortemente a região, mas finalmente assimilaram cada uma das culturas locais.[23] Reis medievais ingleses posteriores completaram a conquista de Gales e fizeram uma tentativa frustrada de anexar a Escócia. Posteriormente, a Escócia manteve a sua independência, embora em constante conflito com a Inglaterra. Os monarcas ingleses, por meio da herança de territórios substanciais na França e reivindicações para a coroa francesa, também foram fortemente envolvidos em conflitos na França, mais notavelmente a Guerra dos Cem Anos.[24]
No início da Idade Moderna foi palco de conflitos religiosos resultantes da Reforma Protestante e da introdução de igrejas estatais protestantes em cada país.[25] Gales foi totalmente incorporado ao Reino da Inglaterra[26] e a Irlanda se constituiu como um reino em união pessoal com a coroa inglesa.[27] No território que se tornaria a Irlanda do Norte, as terras da nobreza gaélica católica independente foram confiscadas e dadas aos colonos protestantes da Inglaterra e da Escócia.[28] Em 1603, os reinos de Inglaterra, Escócia e Irlanda, foram unidos em uma união pessoal quando Jaime VI, rei da Escócia, herdou a coroa da Inglaterra e da Irlanda e se mudou a sua corte de Edimburgo para Londres; cada país, no entanto, manteve-se como uma entidade política separada e manteve as suas instituições políticas distintas.[29][30] Em meados do século XVII, todos os três reinos estavam envolvidos em uma série de guerras interligadas (incluindo a Guerra Civil Inglesa), que levou a uma temporária queda da monarquia e o estabelecimento de uma república unitária de curta duração chamada Comunidade da Inglaterra, Escócia e Irlanda.[31][32] Apesar de a monarquia ter sido restaurada, garantiu-se (com a chamada Revolução Gloriosa de 1688) que, ao contrário de grande parte do resto da Europa, o absolutismo real não iria prevalecer. A constituição britânica iria desenvolver-se com base na monarquia constitucional e no parlamentarismo.[33] Durante este período, particularmente na Inglaterra, o desenvolvimento do poder naval (e o interesse na descobertas ao redor do mundo) levou à aquisição e ao estabelecimento das colônias ultramarinas, particularmente na América do Norte.[34][35]
[editar] Desde a criação do Reino Unido
No seu primeiro século, o Reino Unido participou ativamente no desenvolvimento das ideias ocidentais sobre o sistema parlamentar assim como produziu significantes contribuições à literatura, às artes e à ciência.[40] A Revolução Industrial transformou o país e impulsionou o Império Britânico. Durante esse tempo, assim como outras grandes potências, o Reino Unido esteve envolvido com a exploração colonial, incluindo o comércio de escravos no Atlântico, embora o Ato contra o Comércio de Escravos de 1807 fez o Reino Unido ser o primeiro país a proibir o tráfico de escravos.
Depois da derrota de Napoleão nas Guerras Napoleônicas, o Reino Unido tornou-se a principal potência naval do século XIX. O Reino Unido permaneceu como um poder eminente até a metade do século XX, e seu império atingiu o seu limite máximo em 1921, ganhando da Liga das Nações o domínio sobre as ex-colônias alemãs e otomanas depois da Primeira Guerra Mundial.
Uma longa tensão na Irlanda levou à partição da ilha em 1920, prosseguindo à independência para um Estado Livre Irlandês em 1922. Seis dos nove condados da província de Ulster permaneceram no Reino Unido, que então mudou formalmente o seu nome, em 1927, para o Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte.[41]
Depois da Primeira Guerra Mundial, foi criada a primeira grande rede mundial de televisão e rádio, a BBC. A Grã-Bretanha foi uma das maiores potências das Forças Aliadas na Segunda Guerra Mundial, e o líder durante a guerra Winston Churchill e seu sucessor Clement Attlee ajudaram a planejar o mundo pós-guerra como parte dos "Três Grandes". A Segunda Guerra Mundial deixou o Reino Unido financeiramente abalado. O crédito disponibilizado por Estados Unidos e Canadá durante e depois da guerra era economicamente oneroso ao país, mas depois ao longo do Plano Marshall, o Reino Unido começou a se recuperar.
Os primeiros anos do pós-guerra observaram o estabelecimento do Estado de bem-estar social britânico, incluindo um dos primeiros e mais completos serviços públicos de saúde do mundo, enquanto a demanda de uma economia em recuperação trouxe imigrantes de toda a Commonwealth para criar uma Grã-Bretanha multiétnica. Embora os novos limites do papel político da Grã-Bretanha foram confirmados na Crise do Suez de 1956, a disseminação internacional da língua inglesa confirmou o impacto de sua literatura e cultura pelo mundo, ao mesmo tempo, a partir da década de 1960 a cultura popular britânica também obteve influência no exterior. Após um período de recessão económica global e competição industrial na década de 1970, a década seguinte foi palco de lucros substanciais provindos do petróleo do Mar do Norte e forte crescimento económico. A passagem de Margaret Thatcher como primeira-ministra marcou uma mudança significativa na direcção político-económica tomada no pós-guerra; um caminho que foi seguido pelo governo dos Trabalhistas de Tony Blair em 1997.
O Reino Unido foi um dos doze membros fundadores da União Europeia (UE) no seu lançamento em 1992 com a assinatura do Tratado de Maastricht. Antes disso, tinha sido membro da precursora da UE, a Comunidade Económica Europeia (CEE), a partir de 1973. A atitude do presente governo trabalhista no sentido de uma maior integração com essa organização é confusa,[42] com a oposição oficial, o Partido Conservador, favorecendo o retorno de alguns poderes e competências para o Estado.[43]
O final do século XX viu uma mudança importante para o governo do Reino Unido com a criação de um Parlamento Escocês devolvido e da Assembleia Nacional do País de Gales seguindo da aprovação popular num referendo pré-legislativo. Isso produziu uma perspectiva de um caminho legal para a independência da Escócia, quando o Partido Nacional Escocês venceu as eleições de 2007 e formou um governo minoritário na Escócia, com um mandato para realizar um referendo em 2011 para saber se ele deve negociar a independência escocesa.
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