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segunda-feira, 7 de março de 2011

Fundação de Roma

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Nota: Para outros significados de Roma, veja Roma (desambiguação).

Loba capitolina: Segundo a lenda, o animal teria amamentado os gêmeos Rômulo e Remo.A data da fundação de Roma é, a rigor, desconhecida. Durante o reinado de Augusto, o historiador Marco Terêncio Varrão (116 a.C.-27 a.C.) estabeleceu a data como 21 de abril de 753 a.C..[1] Embora a data exata seja desconhecida, há consenso entre os historiadores de que a cidade teria sido fundada no século VIII a.C.

Os romanos elaboraram um complexo conto mitológico sobre a origem da cidade e do estado, que se uniu à obra histórica de Tito Lívio e à obra poética de Virgílio e Ovídio, todos da era de Augusto. Naquela época, as lendas oriundas de textos mais antigos foram trabalhadas e fundidas num conto único, no qual o passado mítico foi interpretado em função dos interesses do império.

Os modernos estudos históricos e arqueológicos, que se baseiam nestas e em outras fontes escritas, além de objetos e restos de construções obtidos em vários momentos das escavações, tentam reconstruir a realidade que existe no conto mítico, no qual se reconhecem alguns elementos de verdade.

Índice [esconder]
1 A lenda
1.1 A fuga de Troia
1.2 Eneias em Cartago
1.3 Eneias chega ao Lácio
1.4 Alba Longa
1.5 O nascimento de Rômulo e Remo
1.6 Roma: a nova cidade
2 História e arqueologia
3 Localização
4 A data de fundação de Roma
5 O nome de Roma
6 Referências
7 Ver também


[editar] A lendaVer artigo principal: Rômulo e Remo
Os mitos e as lendas são importantes fontes para conhecermos a história de Roma. O poeta romano Virgílio e o historiador Tito Lívio encarregaram-se de imortalizar a lenda que narra a fundação de Roma. Segundo essa lenda, Roma foi fundada por Rômulo, cuja origem remonta à guerra de Troia.

[editar] A fuga de Troia
Eneias abandona Troia em chamas,
Federico Barocci, 1598, Galleria Borghese, Roma.Na Eneida de Virgílio e na Ab Urbe condita libri de Tito Lívio, Eneias, filho da deusa Vênus, foge de Troia, derrotada pelos aqueus, com seu pai Anquises e seu filho Ascânio, enquanto sua mulher Creúsa, filha do rei Príamo, desaparece enquanto deixam a cidade. Quando Eneias se dirige à Itália, uma tempestade atinge o navio, por desejo de Juno, e o obriga a aportar em Cartago, onde é recebido por Dido, rainha da cidade.

[editar] Eneias em CartagoDurante um banquete em sua homenagem, Eneias começa a contar suas aventuras: a queda de Troia, o estratagema do cavalo e a fuga com o pai e o filho. Depois que fogem, refugiam-se no monte Ida, onde permaneceram durante o inverno à espera da construção de uma frota, partindo em seguida para uma nova pátria.

No fim de sua narrativa, Dido está apaixonada por Eneias, porque Vênus substituiu o filho dele por Cupido, que acerta Dido com uma de suas flechas. Dido pede a Eneias que permaneça com ela e reine em Cartago. Eneias e seus companheiros, depois de ficarem um ano em Cartago, partem por ordem de Júpiter para o Lácio. Dido, vendo ao longe os navios de Enéias, maldiz a estirpe troiana e se suicida.

[editar] Eneias chega ao LácioDepois de várias peregrinações no Mediterrâneo, Eneias aporta no Lácio, como sua mãe previra, dizendo que fundaria uma cidade na pátria de Dárdano (seu antepassado que, segundo a lenda, havia fundado Troia). No Lácio, Eneias é acolhido amavelmente pelo rei Latino, que lhe oferece sua filha Lavínia em casamento. Entretanto, a princesa já tinha sido prometida a Turno, rei dos rútulos.

A disputa pela mão da jovem torna-se uma verdadeira guerra, da qual participam as várias populações itálicas, compreendendo etruscos e volscos. Eneias se alia a algumas populações gregas provenientes de Argos e estabelecidas na cidade de Palante, sobre o monte Palatino, reino do árcade Evandro e de seu filho Palante. A guerra é sangrenta, Palante morre logo, atingido por Turno e, para evitar mais vítimas, a disputa entre Eneias e Turno deve resolver-se em um combate entre os dois comandantes e pretendentes. Eneias mata Turno, casa-se com Lavínia e funda a cidade de Lavínio (Lavinium), a atual Pratica di Mare).

[editar] Alba Longa
Rômulo e Remo,
Peter Paul Rubens, 1615-16, Museus Capitolinos, RomaTrinta anos mais tarde, Ascânio funda uma nova cidade, Alba Longa, sobre a qual reinam seus descendentes. Cerca de 400 anos depois, o filho e legítimo herdeiro do décimo-segundo rei de Alba (Procas), Numitor, é deposto pelo irmão Amúlio. Com medo de perder o trono para os descendentes de Numitor, Amúlio matou seu sobrinho Lauso e obrigou sua sobrinha, Reia Sílvia, à virgindade perpétua, tornando-a Vestal (sacerdotisa virgem, consagrada à deusa Vesta).[2] e a fazer voto de castidade. No entanto, é fecundada e, para atenuar sua falta, diz que foi seduzida pelo deus Marte (deus romano da guerra); Réia deu a luz aos gêmeos Rômulo e Remo.

[editar] O nascimento de Rômulo e RemoAmúlio, para punir Reia Sílvia, a prende em um calabouço e por medo destes heróis, filhos de um deus, quererem tomar seu lugar, mandou um servo executá-los, mas o servo encarregado não tem coragem de fazê-lo e os abandona em uma cesta no rio Tibre. Ora, é primavera, período de cheias em que o rio sai de seu leito. O servo deposita o cesto que contém os bebês nas águas do rio que sobe e elevam o cesto. Quando as águas da cheia recuam, este fica em terra, ao pé do Palatino. Atraída pelo choro dos recém-nascidos, uma loba sai do bosque e os encontra. Como ela acabou de perder seus filhotes, ofereceu suas tetas às crianças e, como fez com seus filhotes, os lambe com sua longa língua. Algum tempo depois, um pastor de ovelhas chamado Fáustulo encontrou os meninos e levou-os para casa, onde sua mulher Aca Laurência os criou.

Rômulo e Remo cresceram na cabana de seus pais adotivos. A caça dos animais selvagens, a corrida e os exercícios físicos enrijeceram seus corpos e suas almas. Tinham como companheiros pastores e, com eles, atacavam os salteadores de passagem para roubar-lhes seus espólios.

Acusado de roubo, Remo foi capturado e levado à presença do rei Amúlio. Fáustulo, o pastor, resolveu então contar a Rômulo a história de sua origem. Rômulo foi até Alba Longa, libertou seu irmão, matou Amúlio, devolveu o trono a seu avô Numitor e à sua mãe as honras que lhe eram devidas.

[editar] Roma: a nova cidadeOs gêmeos compreenderam que não havia futuro para eles em Alba Longa. Acompanhados de todos os indesejáveis da cidade, voltaram para o local onde foram abandonados e decidiram então fundar uma cidade. Rômulo quer chamá-la Roma e edificá-la sobre o Palatino, enquanto Remo deseja batizá-la como Remora e fundá-la sobre o Aventino. É o próprio Tito Lívio quem se refere às duas versões de maior credibilidade dos fatos:

"Como eram gêmeos e o respeito à progenitura não podia funcionar como critério eletivo, cabia aos que protegiam aqueles lugares indicar, através dos auspícios, quem seria escolhido para dar o nome à nova cidade e reinar depois da fundação. Assim, para interpretar os auspícios, Rômulo escolheu o Palatino e Remo escolheu o Aventino. O primeiro presságio teria cabido a Remo. Como Rômulo estava afastado quando o presságio foi anunciado, os respectivos grupos proclamaram um e outro como reis ao mesmo tempo. Uns sustentavam que tinham direito ao poder com base na prioridade no tempo, outros com base no número de pássaros vistos. Surgiu assim uma discussão e da luta raivosa de palavras se passou ao sangue: Remo, golpeado na cabeça, caiu por terra. É mais notável a versão segundo a qual Remo, para surpreender o irmão, teria escalado os muros recém-construídos (pomerium), e Rômulo, com raiva, teria ameaçado com estas palavras: "Assim, de agora em diante, morra quem escalar os meus muros". Deste modo, Rômulo se apossou sozinho do poder e a cidade fundada tomou o nome do fundador."

Segunda a lenda, Roma foi fundada em 753 a.C.

[editar] História e arqueologiaTodos os historiadores romanos referiram-se à loba cuidando dos gêmeos. Os relatos de Tito Lívio, Plutarco e de Dionísio de Halicarnasso, se inspiram em fragmentos da obra de Helânico de Mitilene, autor grego do século V a.C., que já falava de Rômulo. Alguns desses autores tentaram encontrar interpretações racionais para explicar detalhes tidos como improváveis. É assim que a loba que salvou os gêmeos é reinterpretada. Os romanos designam pela mesma palavra, lupa, a fêmea do lobo e a prostituta. Por isso, os historiadores afirmam que na realidade a ama dos gêmeos teria sido Aca Laurência, mulher do pastor Fáustulo, que teria exercido o ofício de prostituta. A fantástica lenda do animal que os socorre teria surgido, portanto, da ambiguidade da palavra lupa.

Os primeiros habitantes de Roma, os latinos e os sabinos, pertenciam ao grupo de populações indo-europeias originárias da Europa Central.[3] Vieram a Itália em ondas sucessivas chegando a se estabelecer em meados do 2º milênio a.C.[3] Latim Vetus era o antigo território dos latinos, atualmente o sul do Lácio.

Com os latinos e sabinos, os vênetos, que se estabeleceram ao norte da península,[3] os umbros, oscos, tadiates, tadinates, ausônios, samnitas, lucanos, rútulos, picenos, bretões, etc. na Itália Central,[3] os sículos, sicanos e elimos na Sicília, forma-se um agrupamento denominado itálico ou italiota.[3] Suas línguas, das quais derivou o latim, têm origens comuns.[3] Entre os séculos X e VIII a.C., a população da Península Itálica consistia em dois grupos itálicos principais: os osco-úmbrios e os latinos. Todos praticavam a incineração de seus mortos.[3] Em contrapartida, os lígures, que os precederam na Itália do norte durante o neolítico,[3] praticavam o enterro de defuntos.[3] Outro povo indo-europeu chegou a região no século XII a.C., os aqueus, que se dispersaram por diversas regiões do Mediterrâneo após sua civilização (Civilização Micênica) ser destruido na Grécia. Dois outros povos, ocuparam o resto da península nos séculos posteriores: os etruscos (que não eram indo-europeus) instalados ao norte do Tibre[3] e os colonos gregos na Campânia e na Itália Meridional.[3]


Mapa com as Sete colinas de Roma.A ocupação das colinas de Roma remonta aos primórdios do 1º milênio a.C.[3] A descoberta de fossas de incineração no Forum romano e no Palatino prova que aldeias existiam no lugar de Roma desde o século X a.C.[3] As urnas funerárias etruscas em forma de cabanas redondas reproduzem as choupanas dos habitantes das colinas no início da Idade do Ferro.[3] Antes do século VIII a.C., existiam, portanto, aldeias dispersas nas colinas e eram ocupadas por latinos.[3] Em caso de perigo, os habitantes desses vilarejos se confederavam para enfrentar os inimigos.[3]

Os latinos originalmente ocupavam os Colli Albani (colinas Albanas), atual Castelli, entre 30 e 80 quilômetros a sudeste do monte Capitolino. Mais tarde se mudaram em direção aos vales, que tinham terras melhores para o gado e a agricultura.

Na época clássica,[3] os romanos festejavam no mês de dezembro,[3] mais especificamente no dia 11, o Septimontium[3], que inicialmente foi considerado como relacionado a fundação da cidade.[3] Mas, como 21 de abril é a única data de fundação comum a todas as lendas, surgiu recentemente a argumentação de que Septimontium estava mais provavelmente associada a arcaica liga Septimontiale (Septimontium ou Septomoncial) que agrupava as comunidades latinas dos sete montes, o monte Palatino (Palatual e Germal), o Velia, o Cispis, o Fugutal, o Oppius e o Caelius.[3] Eram excluídas da liga as colinas do Quirinal, do Viminal, do Capitólio e do Aventino.[3] Essas colinas tinham nomes expressivos: Celio era chamada Querquetulanus, de quercus (carvalho), enquanto Fagutal aponta para florestas de nozes, de fagus = noz.

Uma federação semelhante foi celebrada pelos latinos em Cave (uma vila ao sudeste de Roma) ou no Monte Cavo (em Castelli).

Embora estudos recentes sugiram que o Quirinal era a colina mais importante nos tempos antigos, parece que a primeira colina a ser habitada foi o Palatino (confirmando, portanto, a lenda), que era também o centro da Roma antiga. Seus três picos, colinas menores (Palatino, Viminal e Germal), unidos aos três picos do Esquilino (Oppius, Cispius e Fagutal) e às vilas sobre a colina Celio e Suburra (entre o atual monte Rione e a colina Oppius), juntaram-se a eles.

Aos etruscos que se estabeleceram na região no século VI a.C. muitas vezes foi creditado a construção da cidade propriamente dita.[3] No entanto, as recentes descobertas arqueológicas desmentem à tese da fundação etrusca de Roma.[3] Descobertas recentes revelam que Germal, na parte norte do Palatino, mais precisamente no Fórum Romano, era o local de uma vila (datada do século IX a.C.) com choupanas circulares ou elípticas. Era protegida por uma muralha de terra (talvez reforçada por madeira) eregida no século VIII a.C., e é provável que este seja o local real da fundação de Roma. Na localidade desta vila foram descobertos três recintos sucessivos sobrepostos.[3] A mais recente das muralhas do recinto datam dos séculos VII - VI a.C.[3] sendo que as outras duas mais antigas são dos séculos VIII - VII a.C.[3]

Outros vestígios descobertos no Palatino permitem hoje aos arqueólogos afirmar que a primeira cidade de Roma, propriamente dita, remonta ao século VIII a.C.[3] dando a parecer que a vila encontrada em Germal seja a vila que originou Roma. Esses fatores provam os relatos dos historiadores romanos de outrora.[3]

O território dessa vila era cercado por uma fronteira sagrada chamada Pomério, que enclausurava a chamada Roma Quadrata (Roma Quadrada). Esta teria sido ampliada com a inclusão do Capitolino e da ilha Tiberina no tempo em que Roma se tornou uma cidade fortificada. O monte Esquilino era uma vila-satélite que foi incorporada no tempo da expansão por Sérvio Túlio.

De acordo com o historiador Francis Owen, em "Os povos germânicos", o povo que colonizou Roma pode ter imigrado de fora da península Itálica, possivelmente derivado do mesmo grupo que formou os celtas ou germânicos. Traços da população fundadora seriam evidentes na aparência da aristocracia na época da República. Segundo Owens, as evidências disponíveis na literatura romana, nos registros históricos, nas estátuas e nos nomes de pessoas mostram que, na aparência física, a aristocracia romana diferia da maioria da população do resto da península. Os registros descrevem uma grande quantidade de personalidades históricas como louras. Adicionalmente, 250 indivíduos são registrados com o nome de Flavius, que significa "loiro", e há muitos chamados Rufus e Rutilius, que significam cabelo vermelho ou avermelhado. Os deuses romanos seguintes são citados como tendo cabelos loiros: Cupido, Apolo, Aurora, Baco, Ceres, Diana, Júpiter, Marte, Minerva e Vênus.[4]

[editar] Localização
Roma no ano de sua fundação, 753 a.C.Roma cresceu na margem esquerda do rio Tibre, a cerca de 25 quilômetros de sua foz[5], num trecho navegável do rio, portanto com acesso fácil ao mar Tirreno. Tinha as vantagens de uma posição ao mesmo tempo marítima e do interior. No interior tinha a proteção contra os piratas e o fácil acesso ao mar lhe trazia a facilidade do comércio marítimo[5]. A historiadora Maria Beatriz Florenzano confirma essa ideia: "Situada no vale inferior do Tibre, Roma tinha uma grande vantagem: realizava-se ali a junção de várias vias naturais de comunicação com todas as regiões vizinhas e em especial com a Magna Grécia e a Etrúria. (...) esta posição geográfica permitia o contato cultural e a recepção de influências de todos os lados".

A escolha do local de Roma foi justificado de diversas formas. Tito Lívio e Plutarco levaram em conta a razão emocional (sentimentalismo dos irmãos em homenagear a loba) enquanto Cícero levou em conta as vantagens geográficas. Roma está estabelecida ao pé das colinas Albanas que constituem uma defesa natural e numa planície suficientemente afastada do mar, de modo que a cidade não tinha a temer inscursões dos piratas.

A área em torno do rio Tibre era particularmente favorável e oferecia recursos estratégicos notáveis, já que o rio era uma fronteira natural de um lado, enquanto as colinas do Capitólio e do Palatino, relativamente escarpadas, ofereciam cidadelas naturais facilmente defensáveis. Essa posição teria capacitado os latinos a controlar o rio (bem como o tráfego comercial e militar sobre ele), do ponto natural de observação na ilha Tiberina.

O maior triunfo de Roma é o de ter sido edificada às margens do Tibre, no local onde foi depois construída a primeira ponte que permitia passar da margem esquerda para à direita. O rio desempenhou papel fundamental no desenvolvimento econômico romano porque todas as mercadorias que provinham do mar tinham de subir pelo curso do rio para serem dirigidas quer para a Etrúria, quer para a Campânia grega (Magna Grécia), quer para o Lácio Central (Sabinun e regiões adjacentes). Os romanos dominavam o tráfego terrestre, uma vez que Roma estava na intersecção das principais rodovias do interior italiano. Uma das estradas que parte do norte de Roma, a via Salária, relembra o papel de Roma no abastecimento, no interior da Itália, de sal, mercadoria essencial para a conservação de alimentos. Tinha ainda a vantagem de ficar numa região central onde encontravam-se etruscos, sabinos e latinos[5].

[editar] A data de fundação de RomaDurante a República Romana, muitas datas foram atribuídas à fundação da cidade, no intervalo entre 758 a.C. e 728 a.C.. Finalmente, no Império Romano, a data sugerida por Marco Terêncio Varrão (116 a.C. - 27 a.C.) foi considerada a oficial, mas nos Fasti Capitolini o ano é 752 a.C.. Embora o ano varie, todas as versões concordam que o dia é 21 de abril, data do festival de Pales, deusa do pastoreio. O calendário romano ab urbe condita, porém, começa com a data de Varrão (753 a.C.)

Entre a data convencional da Guerra de Troia (1182 a.C.) e a data aceita para a fundação de Roma (753) há um intervalo de quatro séculos, razão pela qual os romanos, durante a República, criaram a lenda da dinastia dos reis de Alba Longa, de forma a preencher o vazio de 400 anos entre Eneias e Rômulo. Os vestígios arqueológicos, no entanto, demonstram que Lavínio, Alba Longa e Roma no seu início são contemporâneas.[6]

[editar] O nome de RomaO nome da cidade é geralmente relacionado com Rômulo, mas há outras hipóteses. Alguns sugeriram a palavra etrusca "rhome", com o significado de "duro", cognata com a palavra grega "ρώμη, rhōmē'’, força, vigor.[7]

Outros mencionam a Mitologia Romana, na qual se supõe que o nome se refere ao filho de Eneias ou Evandro. O estudioso basco Manuel de Larramendi pensa que a origem é a palavra basca "orma" (basco moderno "horma" = muro).

Roma é também chamada Urbs, nome que (no latim tardio geralmente significa qualquer cidade) veio de urvus, vala cavada por uma enxada, no caso a que foi aberta por Rômulo para marcar os limites da cidade.

Todo ano, no monte Capitolino, na noite de 21 de abril, um sino especial chamado Patarina toca do Campidoglio para comemorar a fundação de Roma. Na ocasião, o famoso canhão do Janículo permanece em silêncio, único dia do ano em que ele não soa.

Referências1.↑ JANNUZZI, Giovanni. Breve historia de Italia. 1 ed. Buenos Aires: Letemendía, 2005. 80 p. p. 1 vol. vol. 1. ISBN 987-21732-7-3
2.↑ Eneias. em Infopédia Online. Porto: Porto Editora, 2003-2008. (Consult. 2008-03-16).
3.↑ a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t u v w x y z aa ab ac SALLES, Catherine. Larousse das Civilizações Antigas. 1 ed. São Paulo: Larousse, 2008. 110-111 p. 3 vol. vol. 1. ISBN 978-85-7635-443-7
4.↑ OWEN, Francis. "The Germanic people; their Origin Expansion & Culture", 1960 Barnes & Noble Books ISBN 0-88029-579-1, page 49.
5.↑ a b c HAVELL, H.L.. Ancient Rome: the Republic. 2 ed. New Lanark: Geddes & Grosset, 2003. 1 vol. vol. 544. ISBN 1 84205 186 5
6.↑ Grandes Impérios e Civilizações: Roma - Legado de um império. 1 ed. Madri: Ediciones del Prado, 1996. 112 p. p. 2 vol. vol. 1. ISBN 84-7838-740-4
7.↑ ROSSEAU, Jean-Jacques e seu "Contrato Social", Livro IV, capítulo IV, escrito em 1762, onde ele escreve em nota de rodapé que a palavra "Roma" tem origem grega e significa "força". "Há escritores que dizem que o nome Roma deriva de 'Romulus'. Ela é, de fato, grega e significa 'força'."
[editar] Ver tambémRômulo e Remo
Rômulo
Lista de reis de Roma
Civilização Romana
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